Ponto Final

Importações desde a China foram proibidas
Gripe das aves em Hong Kong

As vendas de galinhas em Hong Kong baixaram drasticamente ontem depois do anúncio da descoberta do vírus H5N1, a gripe das aves, num dos mercados da antiga colónia britânica. No total, cerca de quatro mil aves ficaram por vender em toda a rede de mercados do território. Os comerciantes, ouvidos pela rádio oficial RTHK, afirmaram que as vendas tiveram uma quebra na ordem dos 30 por cento.
No sábado, depois de o vírus ter sido detectado, funcionários equipados com máscaras procederam ao abate de 2700 galinhas no mercado do distrito Shamshuipo, onde a descoberta foi feita.
Todas as importações de aves desde o continente foram proibidas, uma vez que as autoridades do território vizinho suspeitam que a China é o local de origem dos animais contaminados. No caso de virem a ser detectados mais casos nos próximos dias, as autoridades já fizeram saber que procederão ao abate de todas as aves de capoeira no território.
Hong Kong foi o território onde se registou a primeira transmissão do vírus a humanos, em 1997, quando o H5N1 matou seis pessoas e infectou mais 12. Desde então, devido a uma rigorosa série de medidas de fiscalização, não se registaram mais casos de gripe das aves em humanos em Hong Kong, isto apesar dos vários casos ocorridos na região ao longo dos últimos anos.

CAIXA
IACM e Centro de Prevenção e Controlo de Doenças reuniram-se ontem
Macau não está em risco

A situação em Hong Kong levou já a que as autoridades de Macau emitissem o sinal de alerta máximo.
Ontem, o Centro de Prevenção e Controlo de Doenças e o Instituto para os Assuntos Cívicos e Municipais (IACM) estiveram reunidos para analisarem as consequências em Macau do surto de gripe das aves em Hong Kong.
Em declarações aos jornalistas, Tong Ka Io, o coordenador do Centro de Prevenção, afirmou que as autoridades locais vão estar em alerta máximo face à possibilidade de um surto de gripe das aves.
O mesmo responsável explicou que, desde sábado, altura em que foi detectado o vírus H5N1 no território vizinho, que as autoridades de Macau estão em contacto com as congéneres de Hong Kong. Acrescentou ainda que Macau está bem preparada em termos de fiscalização e de pessoal médico, pelo que o caso de Hong Kong não vai por Macau em risco.
Ng Peng In, do Conselho de Administração do IACM, disse que nos primeiros cinco meses de 2008 foram importadas para Macau 1 milhão e 290 mil aves. Deste número, o IACM fez 17 mil análises ao sangue entre outros testes. Em todo o caso, o responsável apelou aos comerciantes para que seguissem as regras que o Governo estabeleceu para o combate à gripe das aves.