Salários em atraso originam
protestos de 80 operários
protestos de 80 operários
A edição de ontem do Ou Mun dava conta do caso de uma fábrica de vestuário que fechou portas sem pagar os salários a 80 trabalhadores oriundos da China continental. Segundo aquele jornal, o dono da fábrica, situada na Av. Venceslau de Morais, deixou de pagar ordenados em Março, com o total da dívida a ascender às 600 mil patacas, encontrando-se agora em parte incerta.
Os funcionários, vindos sobretudo de Cantão, Whuan e Sichuan, estiveram em funções até à semana passada, altura em que foram ordenados a parar. Os trabalhadores dizem que foram acreditando nas promessas de pagamento, até que a 23 de Junho, atraídos por mais uma falsa promessa, ao deslocarem-se às instalações da empresa depararam com as portas da fábrica fechadas a cadeado, não havendo sinais nem do patrão, nem da maquinaria. Os funcionários não esconderam o seu desagrado, tendo a polícia sido chamada ao local para acalmar os ânimos.
Este caso estava já a ser seguido pelas autoridades, depois de em Maio e Junho, na companhia das Associações Geral dos Operários da Industria e dos Artigos de Vestuário, os trabalhadores se terem deslocado ao Gabinete para os Assuntos de Trabalho.
Igualmente no dia 23, o Cotai viveu um final de manhã agitado, quando três homens da província de Cantão subiram a uma grua de 70 metros - num edifício em construção - para protestarem contra a falta de pagamento de salários. Depois de conseguirem negociar uma reunião com representantes da empresa dos trabalhadores, as autoridades conseguiram convence-los a abandonar os protestos.
