Universal Yoga mostra instalações e fala de normalidade
Finalmente num mundo ‘zen’
“Terminou um pesadelo”, foi com este desabafo que Torey Lee Farmer anunciou ontem a entrada em funcionamento das instalações definitivas do Universal Yoga. Mas se é verdade que ‘saga’ das obras chegou ao fim, há ainda cinco queixas para resolver nos tribunais
Alfredo Vaz
Finalmente num mundo ‘zen’
“Terminou um pesadelo”, foi com este desabafo que Torey Lee Farmer anunciou ontem a entrada em funcionamento das instalações definitivas do Universal Yoga. Mas se é verdade que ‘saga’ das obras chegou ao fim, há ainda cinco queixas para resolver nos tribunais
Alfredo Vaz
A gerente geral do Yoga World (TW) pôde finalmente enfrentar a imprensa com os factos a seu favor. O comentário foi da própria Torey Lee Pine em conversa com o PONTO FINAL no final de uma conferência de imprensa convocada pela gerência daquele estabelecimento para anunciar a abertura das instalações definitivas e uma vez mais defender-se da polémica em que se viu envolvido nos tempos recentes na praça pública.
Acusado por quase meia centena de pessoas de ter aceite inscrições desde finais do ano passado, e de ter protelado e/ou ter deliberadamente ‘escondido’ a data da abertura, Lee Pine negou taxativamente que alguma vez tenha anunciado publicamente uma data para a conclusão das obras; “nunca falei em datas definitivas com clientes ou com os próprios funcionários.” Torey Lee Pine admitiu que jovens agentes a trabalhar na parte comercial e de captação de novos clientes possam ter dado uma data “fruto da sua inexperiência e vontade de vender o produto.” A representante do YW disse em conferência de imprensa das sessenta queixas apresentadas por alegada ‘publicidade enganosa’ 40 foram já resolvidas, cerca de vinte estão em negociações e que as restantes cinco seguiram para Tribunal: “Das cerca de seis dezenas de pessoas que se queixaram ao Conselho de Consumidores, praticamente metade confirmou a sua inscrição, e estamos em crer que vamos conseguir chegar a acordo com praticamente toda a gente.” A responsável foi muito dura para com o Conselho de Consumidores: “contra todos os princípios pelos quais devia nortear a sua actuação, o Conselho de Consumidores prestou uma série de declarações falsas que baralharam os nossos clientes.”
Uma das reivindicações dos clientes insatisfeitos é terem todos os meses as suas mensalidades descontadas do cartão de crédito sem usufruírem das promessas. Torrey Pine admite que a Universal Yoga ainda nem viu esse dinheiro, já que as prestações estão bloqueadas pelos bancos até a situação se resolver, “agora há condições para tudo se resolver”, afiançou esta responsável.
”A grande lição é que não devemos ir para um pais pensando que sabemos tudo. Temos que dar um passo atrás, observar, fazer as mudanças e adaptações necessárias. Essa á grande lição de vida que tiro deste experiência”, disse Leep Pine ao PONTO FINAL.
Inscrições efectivas desde dia 15
Como “medida conciliatória, um gesto para os nossos clientes, que na sua esmagadora maioria revelaram grande paciência”, a gerência do Yoga World considerou o domingo passado, dia 15, como o primeiro dia efectivo para efeitos de cotização. Ou seja, as aulas que os inscritos tiveram nas instalações provisórias que funcionaram desde finais de Abril, foram consideradas gratuitas.
“A nossa idoneidade profissional nunca esteva em causa, temos licença comercial há mais de um ano, desde Maio de 2007. A questão das licenças das obras ultrapassou-nos, mas – como lhe disse – levamos disto tudo grandes ensinamentos” observou a yogi norte-americana.
Segundo a responsável, a Yoga World tem actualmente perto de 800 membros e um corpo de 15 professores, na sua maioria recrutados na Índia e em Hong Kong, de ascendência indiana e norte-americana. Números que espera virem a crescer consideravelmente “agora que o pesadelo chegou ao fim e temos as nossas instalações definitivas. Estas instalações têm capacidade para um máximo de quatro mil pessoas, ora nem estamos a um quarto da capacidade. Para já começamos com quatro grandes estúdios, mas temos um plano que pode ser aplicado a qualquer momento, em função do aumento da procura, que contempla seis zonas de aulas.”
O YW ocupa todo o terceiro andar do edifício comercial Macau Square. O espaço está dividido em quatro salas de aulas e em amplas zonas de balneários para homens e senhoras, e descreve-se numa palavra: grande!
“O meu sonho é que os cidadãos de Macau possam entrar no fascinante mundo do yoga, se divirtam, que aprendam meditação, ginástica, artes marciais até (sorrisos), mas sobretudo que passem um bom momento, de forma saudável e que – acima de tudo – se divirtam”, disse Lee Pine aos jornalistas.