Instituição quer divulgar mais a cultura francófona no território
Alliance Fraçaise será centro cultural
franco-macaense
Alliance Fraçaise será centro cultural
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O estabelecimento de ensino Alliance Française (AF) vai transformar-se num centro cultural franco-macaense. Essa é, pelo menos, a intenção do cônsul francês para Macau e Hong Kong, Jean-Pierre Thébault, que no sábado esteve presente na comemoração, antecipada, do dia nacional da França. No hotel Mandarim, o cônsul revelou que está apostado em ter no território uma maior presença da cultura francesa, e isso passa, nas palavras de Jean-Pierre Thébault, pelo alargamento do trabalho da Alliance Française na RAEM: "Vamos falar com o governo para discutir como desenvolver a AF, para que deixe de ser apenas um centro de ensino, para passar um centro cultural franco-macaense. Será uma forma de trazer a cultura francesa a Macau - o que será interessante para os cidadãos do território, mas também para os visitantes - e, em sentido inverso, será igualmente uma cooperação artística e cultural com a RAEM, e porque não, uma forma de representar Macau em França", afirmou o responsável ao Canal Macau.
Um dos projectos pensados é a realização, já no próximo ano, de uma grande exposição integrada nas comemorações do 10º aniversário da transferência de Macau para a RPC.
Desde 1987 na RAEM, a AF tem vindo a registar um aumento no número de alunos. Segundo o director da escola no território, Matthie Bernard, são 500 os alunos que frequentam as aulas de francês na AF: " temos crianças desde os 5 anos. Há famílias que querem proporcionar uma terceira língua aos filhos, pessoas que já falam mandarim, inglês ou cantonense. O francês posiciona-se como uma língua de suplementar, uma oportunidade ao nível profissional e educativo. Recebemos também adultos que trabalham com empresas com ligações a França que precisam de dominar o francês por questões profissionais." Alem da cultura, a economia poderá ser outro sector que ajude a estreitar as relações entre o território e o país do arco do triunfo e dos campos elísios. O cônsul francês destacou a recém-criada casa dos negócios entre Macau e França, até porque, considera, existem muitas áreas em que os gauleses podem contribuir para o desenvolvimento da RAEM: " As empresas Francesas aqui estabelecidas podem propor os seus serviços em domínios como a água, energia ou o ambiente e em relação a tecnologia em torno destas áreas. Macau tem um alto nível de protecção ambiental, mas é algo que é sempre preciso melhorar. O nosso vasto conhecimento ao nível dos transportes e de infra-estruturas como, por exemplo, o metro à superfície podem ser úteis para o território." Apesar de já terem assinalado a data, os cerca de 200 franceses que compõem a comunidade francesa só hoje comemoram o dia nacional. A 14 de Julho de 1789 a França era palco da tomada da bastilha, uma revolução que instituiu a república no país e que mudou o mundo com o seu ideal de Liberdade, Igualdade e Fraternidade.
