MP acusa seis burlões
O Ministério Público acusou, em dois processos distintos, um total de seis arguidos dos crimes de burla e de burla qualificada.
De acordo com uma nota distribuída ontem aos órgãos de comunicação social, no primeiro caso, dois arguidos, ambos da China, ofereceram, no início do ano, um diamante de 3 carate a uma casa de penhores local em troca de 150 mil dólares de Hong Kong. Depois de verificado a jóia, o empregado da casa de penhores acabou por oferecer 130 mil dólares e o negócio foi realizado. No entanto, já depois da saída dos dois arguidos, o empregado, numa verificação mais detalhada da jóia veio a concluir que se tratava de um falso diamante. O empregado conseguiu encontrar os dois arguidos e levou-os à polícia que, após investigações, encontraram na sua posse o dinheiro obtido com a venda do diamante falso e uma pulseira de diamantes falsos. O Ministério Público acusa, assim, ambos os arguidos de burla qualificada. Caso sejam considerados culpados, poderão ser punidos com uma pena máxima de 5 anos de prisão.
No segundo caso, quatro arguidas, da China, são acusadas de terem praticado 3 burlas no ano passado. As vítimas eram mulheres idosas locais, que perderam dinheiro e ornamentos de ouro no valor total de 60 mil patacas.
Uma das arguidas alegava ser curadora divina que sabia tudo da situação familiar da vítima (sendo que as três restantes arguidas trataram de obter essa informação previamente) e previa que a vítima teria um desastre. Para o evitar, teria de abandonar os seus objectos de valor.
O Ministério Público apurou que as quatro arguidas praticaram um crime de burla e um crime de burla qualificada. Casa sejam consideradas culpadas, poderão ser punidas com uma pena máxima de 8 anos de prisão.