Pereira Coutinho interpela Executivo sobre actividade da Air Macau
Prejuízos e mau nome
Prejuízos e mau nome
A companhia de bandeira da RAEM acumula prejuízos e dá mau nome e imagem de Macau. O Executivo, como accionista, nada faz, acusa o deputado Pereira Coutinho numa interpelação escrita ao Governo.
Coutinho estranha que enquanto que a maioria das concessionárias locais atingem lucros recordes provenientes do exercício das suas actividades comerciais “a concessionária monopolista “Air Macau” vai acumulando prejuízos e mais prejuízos, sem que ninguém no Governo tenha a coragem de averiguar as suas causas bem como assacar as devidas responsabilidades derivadas da concessão.”
As recentes justificações de que os prejuízos da “Air Macau” nos primeiros cinco meses deste ano (cerca de 100 milhões de patacas)
são derivados principalmente devido à subida dos preços dos combustíveis não colhem junto do deputado: “porque não podemos esquecer que os prejuízos dos últimos três anos foram principalmente derivados à forma de gestão da empresa com nefastos prejuízos aos seus accionistas”, considera Pereira Coutinho. “Hoje em dia, não há margens de dúvidas de que AIM, “Air Macau” e as outras empresas monopolistas, não estão a providenciar serviços de qualidade à população de Macau e os milhões de turistas que nos visitam. Só no ano de 2007 a “Air Macau” cancelou mais de 3000 (três) mil voos o que significa quase 20% dos voos totais. Trata-se dos piores números de cancelamentos registados na história no mundo da aviação civil”, considera o deputado.
Perante os factos, Coutinho interpela o Executivo: “porque razão o Governo, face às notícias sobre a situação de descalabro financeiro em que a concessionária se encontra, nunca promoveu uma auditoria à gestão da Air Macau? O Governo para além de concedente é também accionista da “Air Macau” e tem um delegado na concessionária, mas porque razão, o Governo nunca nomeou representante da sua participação social? Como é possível que o Governo aparente desconhecer a situação de “quasi-falência” em que a sociedade se encontra e quais as medidas que pretende tomar face a esta situação?”
Coutinho termina a interpelação ao Executivo perguntando se o Governo pensa se devem ser revistos os termos da actual concessão.
Alfredo Vaz
