24.8.08

Alexandre Ho reitera criticas aos táxis, mas diz que aumento dos preços é justificado
"Macau tem os táxis mais baratos do mundo"

O presidente da Comissão Executiva do Conselho de Consumidores reforça as crítica à má qualidade dos serviços prestados pelos taxistas da RAEM, mas considera justa a subida nas tarifas. Alexandre Ho realça que o custo dos combustíveis aumentou bastante e diz que os novos preços até podem ser um incentivo para os taxistas

Rui Cid

É já a partir de 1 de Setembro que os táxis vão aumentar os preços. Nas últimas semanas o Conselho de Consumidores (CC) lançou duras criticas à "má qualidade" destes serviços. Contudo, apesar das palavras fortes, o CC não se mostrava contra a subida das tarifas. Ontem, Alexandre Ho, presidente da Comissão Executiva do CC considerou mesmo que este aumento é justificado.
"Efectivamente a vida está muito mais cara, o preço do petróleo aumentou muito. Não é por os táxis prestarem maus serviços que não devemos ter consciência dos problemas causados pelo aumento do custo de vida. O aumento não é excessivo e na realidade Macau tem as tarifas de táxis mais baratas do mundo", sublinhou Alexandre Ho.
Mas não se pense que o CC mudou de opinião em relação à qualidade - ou falta dela - dos serviços de táxis. Alexandre Ho assume a dureza das palavras e reitera o tom das críticas: "há taxistas que se comportam muito, muito mal. Talvez não seja a maioria, mas há um certo número de taxistas que é desrespeitoso para com os passageiros".
Ainda assim, o presidente da comissão executiva prefere encarar este aumento como um sinal de incentivo para que a qualidade destes serviços seja elevada: " esperamos que os taxistas se sintam motivados. O CC exige mais uma vez a melhoria dos serviços e sabemos que as entidades fiscalizadoras estão muito atentas a este problema. Não nos podemos esquecer que há bons taxistas. Não pode pagar o todo pela parte, e não queremos que não queremos prejudicar a vida aos bons profissionais".

Queixa Olímpica

Numa conferencia de imprensa realizada ontem de manhã, o Conselho de Consumidores revelou ter recebido 160 queixas contra os Correios de Macau. Alexandre Ho explicou que os protestos estão relacionados com o processo de venda da colecção de selos comemorativa dos Jogos Olímpicos de Pequim.
" As pessoas dizem que compraram selos que não pretendiam comprar. Elas afirmam que os selos vinham embalados num envelope e que só ao chegar a casa é que se aperceberam da situação", contou o responsável do CC.
Os 160 queixosos já fizeram saber que levantam a hipótese de se manifestarem publicamente nas ruas caso não sejam reembolsados, mas o Conselho de Consumidores recusa apontar o dedo aos serviços de filatelia dos Correios.
"Nós divulgamos este caso, porque não foi uma queixa isolada, recebemos 160! Perante este número abordar este assunto torna-se obrigatório. Reconhecemos que há um problema, mas não estamos aqui a dizer que a culpa é dos Correios e que os consumidores têm sempre razão. Quando chamamos a atenção para este caso, é com o intuito de ver as coisas melhorarem no futuro. Faz parte das nossas funções alertar para os problemas", frisou Alexandre Ho que revelou já ter entrado em contacto com os responsáveis pelos Correios no sentido encontrar uma solução para este para este caso.
Também ontem, o CC revelou ter recebido uma queixa de um turista do continente chinês que comprou um telemóvel Nokia num estabelecimento comercial situado na Rua de Pequim, tendo mais tarde verificado que o mesmo era contrafeito.
De acordo com Alexandre Ho, este tipo de situações acontece muito raramente em Macau. Ainda assim, o CC considera tratar-se de um caso grave, tendo já encaminhado o caso para os serviços de alfandega, bem como para outras autoridades competentes.
O caso foi aproveitado para o CC voltar a apelar para que os consumidores apenas façam compras em Lojas Certificadas, uma vez que aí " os seus direitos estão mais protegidos".

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