Creative Macau celebrou 5º aniversário
"O balanço é positivo"
O Centro de Indústrias Criativas (CIC) está de parabéns. São cinco anos, completados ontem, a divulgar e promover os artistas de Macau. Lúcia Lemos faz um balanço positivo do trabalho realizado até aqui, mas lembra que há sempre caminhos a percorrer e novos projectos para desenvolver
Rui Cid
"O balanço é positivo"
O Centro de Indústrias Criativas (CIC) está de parabéns. São cinco anos, completados ontem, a divulgar e promover os artistas de Macau. Lúcia Lemos faz um balanço positivo do trabalho realizado até aqui, mas lembra que há sempre caminhos a percorrer e novos projectos para desenvolver
Rui Cid
A ocasião era especial, e a Creative Macau juntou alguns amigos para comemorar a chegada à meia dezena de anos de vida. Uma idade bonita, pretexto ideal para a presidente do Centro de Indústrias Criativo fazer um balanço do trabalho desenvolvido.
"Penso que o saldo é positivo. As pessoas têm correspondido e temos conseguido alguns projectos bastante interessantes. Vamos desenvolvendo as nossas acções no sentido de promover e divulgar o trabalho dos artistas de Macau. Já estivemos na Irlanda, em Hong Kong onde levamos moveis desenhados por criativos locais, em Março levámos dois joalheiros à feira internacional que houve em Março no território", destacou Lúcia Lemos.
Em dia de aniversário houve também tempo para perspectivar o futuro. Apesar de não querer avançar muitos pormenores sobre planos para os próximos anos - "há contactos, mas ainda nada foi concretizado" - a responsável máxima do CIC adianta que em Novembro conta viajar até Portugal, mais propriamente ao norte do país - onde a Fundação Serralves e a Comissão de Coordenação e Desenvolvimento da Região Norte estão a desenvolver um projecto que visa criar um "cluster" de criatividade na zona - para marcar presença na Feira de Matosinhos. A ideia, explica Lúcia Lemos, é explorar contactos já existentes para, no futuro, levar produtos da RAEM para a Portugal.
Como não podia deixar de ser, pela proximidade, dimensão e potencialidade do seu mercado, a China está também na mira da presidente do CIC que admite já ter desenvolvido contactos neste país, sempre com um objectivo em mente - Levar os produtos de Macau para fora de portas.
Se a Creative divulga, é necessário, primeiro, que haja um trabalho de base desenvolvido pelos artistas locais. Lúcia Lemos reconhece que há muito caminho a percorrer para que haja "obra feita".
"Importa é que as coisas aconteçam, mesmo que não sejamos nós(creative) a fazê-las. Ponho muita paixão no meu trabalho. Vejo gente com muito talento, mas tem que haver mais espírito de iniciativa. Nós somos uma organização semi-governamental, não temos muitos apoios financeiros, e os artistas têm que ter ideias, e muitas vezes investir eles próprios. É preciso que as coisas passem do papel, onde são muito bonitas, para um plano real, onde as pessoas possam ver e tocar num projecto. Nós tentamos ajudar, ainda há pouco tempo conseguimos que um fabricante de mobílias Macaense que tem uma fábrica na China se dispusesse a construir o protótipo de 6 projectos de outros tantos artistas locais, é uma conquista, porque muito poucos designers o conseguem fazer sozinhos. Mas volto a dizer, quando vejo gente com talento, só posso estar optimista em relação ao futuro das industrias criativas em Macau", sublinha.