Seguro contra todos, menos tufões
Depois da chuva de críticas aos taxistas pelos preços praticados em dias de tufão, o vice-presidente da Associação dos Comerciantes e Operários de Macau vem agora tentar justificar aquilo que, para muita gente, é injustificável. Em declarações ao diário Ou Mun, Leng Sai Hou, embora reconhecendo que alguns taxistas - ao cobrarem preços na ordem das 300 patacas por viagem - violaram a lei, afirma que essa situação decorre da falta de legislação para estes casos.
O responsável explica que embora as autoridades não encorajem os táxis a continuar a prestar serviços quando o sinal nº8 de tufão é içado, a lei não o proíbe. O problema, frisa Leng Sai Hou, é que os motoristas, mesmo que parem, são obrigados a pagar aos patrões as taxas de utilização dos veículos. O dirigente associativo refere que, actualmente, em caso de acidente relacionado com tufões, são os próprios motoristas a ter que se responsabilizar por todos os danos provocados, uma vez que os seguros, nas suas palavras, não prevêem este tipo de situações.
Antes que acidentes graves ocorram, Lei Sai Hou quer que o executivo apresente legislação que clarifique que procedimentos devem os taxistas seguir nestes casos, de forma a assegurar os direitos e interesses dos cidadãos.
