Ponto Final

Viva Macau responde a Secretário para as Obras Públicas
“Nossas estatísticas comparam-se
às melhores do Mundo”

Alfredo Vaz

A Viva Macau diz que fez todos os possíveis, “para além daquilo a que estamos obrigados”, para minimizar os impactos nos seus clientes afectados pelo cancelamento dos voos aquando da passagem do tufão Nuri pela RAEM. Con Korfiatis, CEO da companhia local de baixo custo, respondia assim às declarações do Secretário para as Obras Públicas e Transportes. Ontem, Lau Si Io, adiantou que o Governo da RAEM “já solicitou que a companhia área de baixo custo que cancelou sucessivos voos apresente um relatório à Autoridade de Aviação Civil, solicitando também que a transportadora melhore a prestação de serviços.”
Ao falar à margem da cerimónia de abertura do 5º. Fórum de Telecomunicações Sem Fios da Ásia Pacífico – e sem nunca chamar a companhia pelo nome - Lao disse que o Executivo “manifestou o seu desagrado para com o cancelamento sucessivo de voos de uma determinada companhia aérea de baixo custo, num curto prazo de tempo.” O Secretário revelou ainda que a Autoridade de Aviação Civil de Macau (AACM)já solicitou que a respectiva companhia apresente um relatório sobre o caso em questão, pedindo também uma melhoria na prestação de serviços ao público.
Segundo nota do Gabinete de Comunicação Social, o Secretário disse ainda que a transportadora de baixo custo deveria esclarecer os clientes, “proporcionando assistência e resolvendo o problema com a maior brevidade possível.”
O PONTO FINAL contactou os responsáveis da companhia, pedindo-lhes uma reacção que acabou por chegar via correio electrónico, ao final da tarde. No texto, um comunicado à imprensa, a Viva Macau diz que avisou todos os passageiros que tinham deixado os seus contactos de que os dois voos programados para a noite de sexta-feira tinham sido cancelados devido ao mau tempo, e que funcionários da companhia ficaram no aeroporto até às três horas da madrugada de Sábado para informar os passageiros que não foram contactados previamente. A empresa assegura que deu a escolher aos passageiros entre o retorno do valor pago, ou o alojamento e alimentação e lugar num voo seguinte. “Condições para além daquelas a que estamos obrigados, e que são praticadas por outras companhias”, lê-se no comunicado, numa citação do CEO da empresa, Con Korfiatis. O responsável esclarece que, depois de retomadas as ligações áreas, um outro voo de Sábado acabou por ser cancelado por questões de segurança: “uma das nossas aeronaves foi atingida por uma pássaro e decidimos – como sempre o fazemos – colocar a segurança dos passageiros acima de qualquer incómodo. Lamentamos o facto, mas são coisas que acontecem na indústria da aviação”, refere o comunicado. No quarto parágrafo Korfiatis lamenta que “alguns passageiros tenham optado por sensacionalizar o sucedido”, e que, no que ao cancelamento de voos diz respeito, a Viva Macau não leva lições de ninguém: “Ao contrário da outra companhia baseada em Macau, as estatísticas de cancelamento da Viva Macau comparam-se às das melhores companhias do Mundo. Para além disso, as nossas estatísticas foram tornadas públicas no início do ano, e temos muito orgulho nisso”, argumenta o CEO da empresa.
A Viva Macau diz que vai responder – com carácter de urgência – aos pedidos feitos ontem pelo Secretario, através da Autoridade de Aviação Civil. Lao Si Io disse ontem que a AACM irá analisar o relatório apresentado pela companhia aérea, tornando-o público após esta avaliação e apresentando sugestões para a melhoria dos serviços desta transportadora.