Autores de estudo recomendam que escolas e pais prestem mais apoios aos alunos
Investigação desaconselha centros de explicações
Investigação desaconselha centros de explicações
Um estudo da Universidade Chinesa de Hong Kong sobre a influência das aulas de explicações recomenda que as escolas de Macau alarguem as ofertas de actividades e apoios aos alunos e, na mesma medida, lança um aviso aos encarregados de educação para que apoiem os filhos nas matérias escolares, para que não deixem tudo nas mãos dos centros de explicações. De acordo com a Rádio Macau, o Governo pondera, até ao final do ano, estudar a revisão da legislação que regula os centros de explicações.
Segundo as conclusões do estudo, encomendado pelo Governo da RAEM, as horas passadas nos vários centros de explicações que existem em Macau não garantem sucesso escolar. Uma das investigadoras envolvidas no estudo em questão disse mesmo que os alunos que apresentaram melhores notas no anterior ano lectivo não recorreram a explicações. Para a académica, estes alunos tiveram, assim, mais tempo para a auto-aprendizagem. Por outro lado, considera que a maioria do tempo passado nos centros de explicações é dedicado a decorar, a técnica de aprendizagem alegadamente preferida naqueles locais. Com o recurso à memorização, perdem relevância valores como a lógica na aprendizagem e a capacidade de entendimento.
Os números que o estudo apresenta revelam que cerca de 60 por cento dos pais consideram "necessárias" as explicações, logo no ensino infantil, já que servem igualmente de forma de tomar conta das crianças. Em média, avança ainda o estudo, os alunos de Macau que recorrem a centros de explicações, passam 17 horas semanais nesses locais e 4 horas em casa. Neste sentido, tanto os autores do estudo como os responsáveis da Direcção dos Serviços de Educação e Juventude esperam que os pais possam mudar de mentalidade relativamente a esta questão.