25.9.08

Blooomerg traça retrato optimista da situação económica
Macau está a “recuperar o fôlego”

O território não deverá escapar completamente à crise económica intenacional, mas as “perspectivas são favoráveis”, embora a já previsível recessão norte-americana e o abrandamento do crescimento da economia chinesa façam do investimento em Macau uma aposta mais arriscada, de acordo com William Pesek, colunista da agência Bloomberg.
“(Las) Vegas é, para além de um centro de jogo, um local de diversão. Os que saiem das mesas – ou que não estão interessados nelas – vão ver espectáculos, lojas, procuram as atracções locais ou jantam nos inúmeros restaurantes disponíveis. Muitos visitantes de Macau nem sequer se incomodam em alugar quartos ou em jantar fora, muito menos em olhar para as (lojas) Louis Vuitton, Prada ou para os menus de Gordon Ramsay”, escreve William Pesek.
Por outro lado, como destaca o artigo, as receitas do jogo em Las Vegas têm vindo a diminuir, nos últimos sete meses, enquanto que, em Macau, cresceram à volta de 50 por cento, no primeiro semestre deste ano. No entanto, as taxas de crescimento começaram a abrandar, como salienta Pesek.
Para Lawrence Ho, um dos homens-fortes da Melco PDL – citado no artigo - o crescimento económico do território não tem sido acompanhado pelo desenvolvimento necessário das suas infra-estruturas, nomeadamente em matéria de transportes. Mas Lawrence Ho afasta a ideia de que a economia local possa estar a caminho de uma recessão, depois de anos de rápida expansão: “Macau está apenas a recuperar o fôlego, neste momento – nada mais”, afirma o empresário.

Mais casinos

“O território tem capacidade para suportar mais dezasseis casinos, nos próximos 3/4 anos, desde que o Governo garanta as infra-estruturas necessárias, em termos de transportes”, refere também Paul Tso, responsável pelo sector imobiliário do L'Arc Macau.
A grande questão, ainda sem resposta, no entender do colunista da Bloomerg, é saber se os operadores norte-americanos do jogo conseguirão mudar o território, ou se Macau irá obrigá-los a mudar.
O facto é que, como refere William Pesek, há um ano, ninguém colocaria em causa a ideia de investir no sector do jogo em Macau. Entretanto, o facto de um dos maiores empresário do jogo, Sheldon Adelson, ter descido do 3º lugar, na lista dos mais ricos do mundo da revista Forbes, para um modesto 15º lugar, poderá ser mais um sinal contrário à ideia de que o negócio do jogo resiste a qualquer recessão, na opinião do colunista da Bloomberg.

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