25.9.08

Inundações na zona baixa da cidade, 11 pessoas em centro de acolhimento temporário
Água subiu ao nível mais elevado dos últimos 15 anos

Pelo menos 11 pessoas tiveram de se abrigar num centro de acolhimento temporário em Macau devido a inundações provocadas pela passagem do tufão Hagupit, o mais forte este ano, nas imediações do território, disseram os serviços de protecção civil locais. Na última noite, registaram-se em Macau ventos médios de 102 quilómetros/hora, com as rajadas a atingirem 133 quilómetros/hora.
As inundações afectaram toda a zona do Porto Interior, na parte velha da cidade, devido à conjugação do mau tempo provocado pelo tufão com a subida da maré. Na madrugada de ontem, a previsão de altura da maré astronómica em situações normais era de 2.75 metros, mas, devido ao tufão, o nível da água atingiu 4.6 metros.
Uma nota oficial da capitania dos portos de Macau explica que a água atingiu 4,6 metros de altura, o valor mais alto dos últimos 15 anos e só ultrapassado em 1993 aquando da passagem do tufão Becky, quando as águas subiram até 4,78 metros.
Em condições normais, as águas deveriam subir na maré alta até aos 2,75 metros mas devido à passagem da tempestade tropical a altura foi muito superior.
A capitania dos portos indica ainda no comunicado que os serviços de recursos hídricos do Interior da China informaram que ”não foi aberta a comporta da barragem” situada a jusante do Rio das Pérolas, para escoamento da água, facto que permitiu conter estragos maiores.
Dezenas de viaturas ficaram parcialmente submersas na zona do Porto Interior e os bombeiros tiveram de intervir para combater pequenos focos de incêndio devido ao rebentamento de várias caixas de electricidade na Avenida Almeida Ribeiro, uma das principais de Macau.
A zona da Avenida Almeida Ribeiro teve mesmo de ser isolada devido à queda de vários cabos de electricidade.
Para o local foram enviados bombeiros, polícias e elementos da Companhia de Electricidade de Macau, que cortaram imediatamente o fornecimento de energia.
Muitos populares ficaram impedidos de ir para casa e refugiaram-se da chuva nas arcadas dos prédios.
Ramos de árvores, tapumes, andaimes e reclamos caíram um pouco por toda a cidade, mas não foram registados feridos nem vítimas mortais.
Dados da protecção civil, que teve 1.400 pessoas nas ruas, indicam que foram assinalados 218 incidentes, incluindo, entre outros, a queda de árvores, andaimes, reclames, corte de energia de energia eléctrica, grandes inundações nas zonas mais baixas do território e cinco pessoas feridas.
O tufão afastou-se do território e atingiu a costa chinesa cerca das 06:00.
O sinal de alerta número 8 foi substituído pelo 3 às 09:30, o que traduziu o início do regresso à normalidade.

Encerramento da piscina de Cheoc Van

O tufão provocou ainda danos na Piscina de Cheoc Van e na Casa de Férias da Colónia Balnear da Praia de Hac-Sá, pelo que essas instalações estarão encerradas ao público para reparação. Ainda não há data de reabertura dessas instalações.


CAIXA
População tenta contabilizar prejuízos

Dezenas de pessoas em Macau passaram ontem o dia a contabilizar estragos e prejuízos em lojas, residências e automóveis inundados pela subida das águas na zona do Porto Interior devido à passagem do tufão Hagupit.
Fonte oficial disse à agência Lusa que os estragos da passagem do tufão Hagupit no território ”são muito elevados e a sua contabilização só poderá ser calculada nos próximos dias, embora haja já a certeza de vários milhões de patacas de prejuízos”.
”Há dezenas de veículos estragados, lojas inundadas, carros, barcos e diversos bens perdidos pelos efeitos da tempestade cujo valor ascende a muitos milhões de patacas”, disse.
Numa ronda pela cidade ao final da manhã, vários proprietários de restaurantes conduziam as operações de limpeza dos seus espaços, proprietários de lojas depositavam lixo e produtos estragados à porta dos estabelecimentos, enquanto um sem número de reboques tentava responder aos pedidos de proprietários de veículos que pretendiam levar os seus carros para oficinas.

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