De acordo com a AMCM
AIG/Macau tem situação financeira “sólida”
AIG/Macau tem situação financeira “sólida”
Os interesses dos residentes locais que são clientes da sucursal de Macau do American International Group estão seguros e garantidos por reservas de capital adequadas para fazer face a qualquer situação, segundo um comunicado ontem divulgado pela Autoridade Monetária e Cambial de Macau.
A taxa de cobertura das responsabilidades financeiras da sucursal de Macau é “superior a 100 por cento”, refere o comunicado, e a margem de solvência da empresa é “bastante superior ao exigido pelo regime jurídico do sector segurador”.
Por outro lado – e ainda de acordo com a AMCM – a exposição do sector bancário de Macau, em relação a produtos financeiros das empresas americanas afectadas pela recente crise “representa apenas uma pequena parte em relação ao total dos activos, pelo que não conduzirá a um impacto directo muito grande nos bancos locais.”
A adopção de medidas de gestão mais prudentes e rigorosas, por parte dos bancos de Macau, nos últimos anos, a par de um efectivo controle interno, tem permitido resultados operacionais classificados como “fantásticos” pela AMCM.
Seguros sem risco
O facto de a Reserva Federal norte-americana ter autorizado a concessão à AIG de um empréstimo de 85 biliões de dólares americanos permite que a empresa “honre os seus compromissos quando estes forem devidos e que tome medidas conducentes à recuperação da sua situação financeira”, salienta a AMCM.
A actuação da Reserva Federal, por outro lado, veio “transmitir confiança a quem seja detentor de apólices de seguro ou instrumentos financeiros do AIG”. No entanto, como refere a AMCM, “quanto à situação da sucursal de Macau da ‘American International Assurance Company (Bermuda), Limited’, os interesses dos tomadores dos seguros, segurados e beneficiários nunca estiveram em risco de serem afectados, tendo em atenção os mecanismos de supervisão estabelecidos no diploma regulador da actividade seguradora em Macau”.
A sucursal em Macau da AIG “tem as suas provisões técnicas devidamente caucionadas, com taxa de cobertura superior a 100% e margem de solvência bastante superior ao exigido pelo regime jurídico do sector segurador”, diz ainda o comunicado da entidade reguladora do sector bancário e segurador do território.
Bancos firmes
Em relação aos bancos de Macau, a AMCM adianta que os recentes “casos de falência casos de falência, de aquisição ou de salvamento pelo Governo, através de concessão de fundos, de alguns bancos de investimento e instituições seguradoras de grande dimensão”, embora tenham provocado “uma flutuação brusca nos mercados financeiros internacionais” não tiveram “registo de grande impacto para Macau”.
O sector bancário local tem, aliás, uma situação caracterizada por “alta liquidez, boa qualidade de activos e suficiência de fundos”, com “o rácio empréstimos/depósitos e o rácio de activos de má qualidade (‘non-performing assets’), respectivamente, de 62,8% e 0,32%, enquanto que o rácio de adequabilidade se situa ao nível de 15,8%”, segundo os dados revelados ontem pela AMCM.
A crise internacional, nomeadamente as dificuldades que algumas grandes empresas do sector financeiro norte-americano atravessam, após a falência do banco de investimentos Lehman Brothers é, no entanto, uma situação que a AMCM e todos os bancos locais estão a acompanhar “de uma forma atenta (...) reforçando o controlo constante, a gestão e a supervisão do risco a fim de assegurar a estabilidade contínua do sistema bancário de Macau”, concluiu o comunicado daquela instituição.