"Espíritos Vivos: Figuras e Retratos das Dinastias Ming e Qing" no Museu de Arte de Macau
Pinturas do espírito
Pinturas do espírito
Inaugura na próxima sexta-feira, no Museu de Arte de Macau, a exposição "Espíritos Vivos: Figuras e Retratos das Dinastias Ming e Qing", mostra que reúne 120 pinturas de figuras e retratos das dinastias Ming e Qing do Museu de Nanjing e do Museu da Província de Zhejiang, que pode ser vista até 30 de Novembro. Grupos de pessoas e indivíduos em momentos de lazer, sacerdotes taoistas, monges budistas, damas, heróis lendários, entre outros, compõem os grupos de peças, divididas em quatro categorias: “Personalidades”, “Figuras Sentimentais”, “Pessoas e Natureza” e “ Personagens Budistas, Taoistas e Míticas”.
A pintura de retrato emergiu, na pintura chinesa, antes da pintura de paisagem ou da pintura de flores-e-pássaros. A pintura de retrato tende a trazer à superfície a personalidade do sujeito representado através do fundo, da emoção, da postura e do movimento de modo a projectar as características e espiritualidade do indivíduo. Como tal, este género também é conhecido na literatura pictórica como “transferência de espírito”.
As dinastias Ming e Qing foram o período nascente do capitalismo chinês. Vários conceitos emergiram durante estes períodos e vários tipos de arte desenvolveram-se com base nas fundações estabelecidas nas dinastias Tang e Song. A pintura de figuras assistiu a uma renascença, saindo da obscuridade subsequente à Dinastia Yuan. Esta exposição é constituída por diversos tipos de notáveis pinturas de figuras datadas desta época de renascimento. Entre estas obras, encontram-se pinturas ao estilo das técnicas tradicionais de contorno, assim como retratos influenciados pela utilização realista da cor ao modo ocidental.