22.9.08

Nino Vieira diz que já há projecto para investimento em biocombustíveis
Guiné-Bissau aprova Geocapital

A Guiné-Bissau já aprovou o investimento em biocombustíveis da Geocapital, a holding de Macau dos empresários Stanley Ho e Ferro Ribeiro mas está a estudar em detalhe o projecto, afirmou sábado em Macau o presidente Nino Vieira.
“O projecto em si está aprovado mas estamos a estudar os detalhes”, disse Nino Vieira à agência Lusa à margem da conferência de imprensa que o chefe de Estado guineense deu em Macau.
A Geocapital de Stanley Ho e Ferro Ribeiro vai investir nos próximos dez anos até 40 mil milhões de dólares em África para produzir biocombustível em Angola, Moçambique e Guiné-Bissau.
Os planos de estudos e de viabilidade estão concluídos nos três países e, no caso da Guiné-Bissau, aguardam agora apenas a luaz verde final já que a essência do projecto está aprovada.
Nino Vieira, que nomeou sábado Gabriel Ho, um dos 17 filhos de Stanley Ho, como cônsul honorário da Guiné Bissau em Hong Kong, está a realizar um périplo pela China para fazer um balanço da cooperação sino-guineense e perspectivar o futuro.
“Estive na China para fazer um balanço da nossa cooperação e também para perspectivar o futuro”, afirmou ao salientar que o país liderado por Hu Jintao tem “apoiado fortemente” o desenvolvimento da Guiné-Bissau.
Entre os projectos de apoio da China, Nino Vieira identificou o Palácio do Governo, o Palácio da Justiça, hospitais e o porto de pesca da capital como instrumentos fundamentais para o desenvolvimento do país.
Por outro lado, Nino Vieira disse que deixou na China o convite aos empresários chineses para investirem na Guiné-Bissau, escolhendo as áreas que pretendem explorar para que a cooperação seja bilateral, “seja recíproca”.
“Não é só a Guiné-Bissau a receber”, sustentou.
Sem apontar números nem dar grandes detalhes da cooperação com a China, Nino Vieira destacou também o papel de Macau no reforço da cooperação entre a China e a Guiné-Bissau, reconheceu o problema da cólera como sendo grave, disse ter já a ajuda da China para combater o “flagelo” e garantiu o empenhamento das autoridades do país em “educar a população” para conter a doença.
“Antes de sair há uma semana da Guiné-Bissau tinham morrido cerca de 90 pessoas e a China deu logo uma ajuda de emergência e as autoridades de saúde do país estão a trabalhar na educação das pessoas para travar o flagelo”, disse.
Além de Gabriel Ho, a visita de Nino Vieira serviu também para designar o empresário de Macau John Lo como cônsul da Guiné em Macau, uma decisão que, tal como em Hong Kong, habilita os novos diplomatas a “promover a Guiné-Bissau”.
“É mais fácil um nacional falar sobre um determinado país a um seu compatriota”, sustentou Nino Vieira para justificar a nomeação de dois dos “muitos” representantes consulares honorários do seu país.

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