24.9.08

Relatório anual da Transparency Internacional divulgado ontem
Macau desce nove lugares no
Índice de percepção da corrupção


Macau perdeu nove posições no Índice global de percepção da corrupção, um indicador que consta do relatório anual de 2008 da Transparency Internacional, onde é analisado o grau de corrupção do sector público. Em 2006, o território estava colocado na 26ª posição, a nível mundial. No ano seguinte, e na sequência do caso Ao Man Long, Macau caiu 18 lugares, ficando na 34ª posição. Em 2008, o território surge no 43º lugar, caindo mais nove posições.
No ranking das nações e territórios da Asia-Pacífico, Macau desceu dois lugares, passando de 6º, em 2007, para 8º, em 2008. A China manteve as mesmas posições, de acordo com o relatório daquela organização, tanto a nível mundial como regional: 72º, no primeiro caso, e 12ª, na Ásia-Pacífico.
Hong Kong subiu dois lugares, na classificação mundial, passando de 14º para 12º. Em relação aos outros países da região, o vizinho território manteve-se no 4º lugar.
O relatório da Transparency Internacional destaca o facto de Macau ter conhecido um “crescimento económico explosivo”, que incluiu o lançamento de vários projectos de obras públicas, de grande dimensão. No entanto, e ainda segundo a mesma organização “o enquadramento legal e a fiscalização não acompanharam o desenvolvimento económico”.
A detecção recente de “irregularidades” na adjudicação de obras públicas “contribuiu para criar desconfiança” junto da opinião pública de Macau, adianta o relatório.

Portugal desce

A maioria dos países lusófonos, à excepção de Cabo Verde, piorou a sua classificação. Timor-Leste conta-se entre os países onde, segundo a Transparency International, a situação se deteriorou "significativamente" entre 2007 e 2008, tendo registado a pior queda com uma descida de 22 lugares. Portugal ocupa este ano a 32ª posição com 6,1 pontos, tendo perdido quatro posições e 0,4 pontos em relação ao índice de 2007.
Dos restantes lusófonos, Cabo Verde subiu dois lugares no índice, passando da 49ª para a 47ª posição, seguindo-se o Brasil, entre os países lusófonos melhor classificados. No entanto a 80ª posição conseguida em 2008 revela uma queda de oito posições em relação ao ano anterior. A descida menos significativa foi a de São Tomé e Príncipe, que passou do 118º para o 123º lugar. Moçambique caiu 15 posições na lista, ocupando agora o 126º lugar, enquanto Angola e Guiné-Bissau perderam 11 lugares, ficando agora na posição 158
Analisando a totalidade dos 180 países, a Dinamarca, Nova Zelândia e Suécia dividem o primeiro lugar, seguidos de Singapura como 9,2 pontos.
Na ponta oposta da tabela, está a Somália com 1,0 pontos, precedida do Iraque e Myanmar com 1,3 pontos e do Haiti com 1,4 pontos.
A lista, divulgada anualmente, estima o grau de corrupção do sector público percepcionada pelos empresários e analistas dos respectivos países, e está organizada do menos corrupto (1º lugar) para o mais corrupto (180º), a que corresponde uma escala de 10 pontos (livre de corrupção) a zero pontos (muito corrupto).

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