Secretário de Estado da Economia cabo-verdiano espera por investimento de David Chow
Jogo legislado em Cabo-Verde até final do ano
Jogo legislado em Cabo-Verde até final do ano
Cabo-Verde quer ter até ao final deste ano um quadro legal no âmbito do sector do jogo em casino, disse sexta-feira à Agência Lusa em Macau o Secretário de Estado da Economia cabo-verdiano, Humberto Brito.
“Estamos a trabalhar e esperamos que a alteração legislativa esteja concluída e em vigor até ao final do ano”, disse o governante, que veio a Macau para representar o seu país no seminário sobre o papel do território como plataforma de ligação entre a China e os países de língua portuguesa.
Humberto Brito acrescentou que gostaria de ver ainda este ano em Cabo-Verde o início de um investimento de David Chow, empresário do sector do jogo, deputado à Assembleia Legislativa de Macau e cônsul honorário de Cabo-Verde no território.
“Estamos abertos a todo o tipo de investimento num quadro de desenvolvimento como plataforma para a nossa região, como eixo estratégico e plataforma de prestação de serviços” onde também está integrado o “sector do turismo e do jogo e a indústria ligeira”, afirmou.
Salientando que a China já era parceira de Cabo-Verde mesmo antes da independência, Humberto Brito recordou que a cooperação com o gigante asiático tem vindo a desenvolver-se e que hoje está num “caminho extremamente interessante ao nível da cooperação económica em que há interesses óbvios de investimentos em Cabo-Verde, tendo em conta a sua localização geográfica”.
“Transformar Cabo-Verde numa plataforma é um desafio do Governo, que está a materializar-se para a região oeste africana”, salientou.
Humberto Brito recordou que cada país da lusofonia está integrado num espaço “economicamente interessante” e que a língua portuguesa partilha em Macau um “valor cultural que tem a ver também com uma trajectória comum”.
“Nessa trajectória e evolução de cada um, Macau tem sido elo de ligação entre os países de língua portuguesa e a China e, jogando esse papel, todos os países vão sair a ganhar”, disse, defendendo que “há experiências diversas que, juntas em Macau, onde se partilham diversos valores históricos, facilitam a ligação com a China”.