Secretário-geral-adjunto do Fórum lamenta desempenho das empresas lusófonas
PME não exploram "convenientemente" oportunidades de negócios com a China
PME não exploram "convenientemente" oportunidades de negócios com a China
As pequenas e médias empresas da lusofonia não estão a explorar “convenientemente” as potencialidades de negócios com a China, disse sábado em Macau o secretário-geral-adjunto do Fórum para a Cooperação Económica e Comercial entre a China e a lusofonia.
"Tem-nos faltado, é justo e oportuno aqui reconhecê-lo, explorar convenientemente as avultadas potencialidades de negócios que as pequenas e médias empresas dos nosso países podem ter no aumento e consolidação das transacções comerciais” entre a China e os países de língua portuguesa, afirmou Amante da Rosa, salientando, ainda assim, entre Janeiro e Julho deste ano, as transacções cresceram 88,7 por cento para 30,47 mil milhões de euros.
Amante da Rosa, que falava no âmbito de um seminário sobre o papel de Macau como plataforma das relações económicas e comerciais entre a China e os países de língua portuguesa, recordou que ”sendo o comércio internacional um domínio complexo de actuação, nem sempre se torna fácil a acessibilidade destas empresas ao mercado exterior”.
Falta-lhes ”o indispensável know how em termos de recursos humanos qualificados e suporte económico por parte de instituições vocacionadas para estes nichos de mercado”, acrescentou.
O responsável salientou que o vector da ”complementaridade económica deve guiar as motivações e levar cada vez mais a potenciar o papel de plataforma operacional que Macau faculta ao empresariado dos países participantes no fórum”. Manuel Amante da Rosa disse que o comércio entre a China e os Países de Língua Portuguesa tem registado fortes crescimentos devido à ”vigorosa dinâmica empresarial que se instalou no sector do intercâmbio comercial”, cenário bem diferente do que se passa no investimento que tem apenas ”provavelmente” contas anuais de 600 milhões de dólares americanos.
"Estamos, contudo, esperançados, que à medida que os nossos parceiros económicos forem convergindo, em termos de interesses comerciais e forem conhecendo as vastas potencialidades existentes, encontraremos oportunidades e nichos de investimento em consórcios e ou em cooperação no âmbito bilateral e multilateral" concluiu.
Também presente na reunião o secretário da Economia e Finanças do Governo de Macau, Francis Tam Pak Yuen, salientou que Macau "tem, por tradição, laços especiais com os países de língua portuguesa” e que a essa relação ”singular aliada ao facto da existência de uma equipa de quadros com bons domínios das duas línguas – português e chinês – (...) permitem que Macau se transforme numa plataforma de intercâmbio e de cooperação” entre a China e a lusofonia.